A SIC estreou a sua nova novela no penúltimo dia de janeiro, que tem Bárbara Branco como protagonista. ‘Flor Sem Tempo’ é melhor que as antecessoras do canal e teve na atriz o grande foco, uma das melhores contratações na ficção dos últimos anos.
‘Flor Sem Tempo’ começou com um drama e tensão que, embora numa boa dose, não foram suficientes para um estreia. A história pode ser facilmente resumida: uma jovem de famílias humildes faz de tudo para encontrar a mãe desaparecida, que trabalhava para uma família poderosa. A seu tempo, vai apaixonar-se por um dos herdeiros dos Torres, que só pensam em poder.
Além disso, o público pôde assistir a pouco mais porque, para já, a história não parece ter muito mais para dar. Porém, foi ótimo perceber que a SIC fez marcha atrás nos erros habituais: mostrar todos os personagens no primeiro episódio. Foi ótimo ter-se centrado, sobretudo, no núcleo principal.
Só deu Bárbara
Bárbara Branco é a protagonista de ‘Flor Sem Tempo’ e foi fantástica na estreia. Interpretou de forma excelente o papel de heroína, colocando também a carga dramática certa de uma jovem que tem uma família às costas. Além dela, e não por culpa dos atores, mais ninguém teve espaço para brilhar.
Ainda assim, o elenco volta a ser o grande destaque. A família Torres tem Joana Santos, Alexandra Lencastre, José Wallenstein, Luís Esparteiro e tantos outros que, com certeza a seu tempo, vão mostrar as suas qualidades na representação e dar vida à luta pelo poder.
Qualidade técnica
A realização e vários outros pormenores elevaram a novela da SIC a outro nível, muitas vezes bem próximo ao das séries internacionais. Só isso foi meio caminho andado para “maquilhar” uma história inicial mais fraca.
Críticas
Diria que é muito injusto dizer-se que ‘Flor Sem Tempo’ é uma má novela. De todo! Contudo, apesar de poucas falhas, ficou sempre ali num limbo entre o bom e o suficiente.
Além das críticas a uma história pouco original, há ainda a pequenez de fazer sempre o mesmo. Numa festa em que o elenco principal se reuniu para saber quem seria o próximo diretor da empresa, era necessário o chamado “barraco”, por exemplo.
Faltou sempre qualquer coisa, que nem a fuga da protagonista da quinta conseguiu fazer esquecer.
Pelo menos para mim, ficou no ar que estamos perante uma ‘Nazaré’ 2.0.
Por fim, a novela terminou com dois ótimos ganchos: a chamada da mãe da protagonista e o AVC do “todo poderoso” dos Torres. A nova aposta da SIC tem pernas para andar, sobretudo se explorar da melhor forma o elenco que pode disputar o “trono” da empresa de vinhos e tornar esta parte da história numa verdadeira guerra pelo poder.