A rubrica TOP TV está de volta ao A Caixa que já foi Mágica para avaliar o melhor e o pior da televisão portuguesa. Desta vez, os meses mais quentes de um verão que está prestes a chegar ao fim estão em foco.
O melhor
Nem sempre a qualidade é sinal de bons resultados na televisão, tal como o contrário. A avaliação do A Caixa que já foi Mágica tem sempre em conta a qualidade, a inovação e os resultados.
Nesse sentido, e apenas pela última vertente, o ‘Dilema’ recebe o galardão de melhor do verão. Um reality show low-cost que à boleia do enorme profissionalismo de Manuel Luís Goucha manteve a TVI à tona sem um dos seus pesos pesados. Os resultados chegaram a assustar no início, mas o formato conseguiu impor-se, sobretudo aos domingos à noite, resistindo às investidas da concorrência.
Na SIC, há a destacar o êxito de ‘Querida Filha’ no horário de almoço, que marcou então o início de uma era em que as novelas turcas ganharam espaço na televisão nacional generalista. A trama foi a única capaz de se sobrepor, de vez em quando, ao sucesso de ‘A Sentença’.
Por último, e avaliemos agora a qualidade, ‘Superestrelas’ da RTP1 merece destaque pela positiva. Apesar de algumas fragilidades, o formato mostrou que só o canal público consegue manter os padrões de qualidade em épocas estivais. Contudo, os resultados foram bastante desanimadores.
O Pior
Confesso que me diverti com o primeiro programa, algo que não aconteceu depois. ‘Parece Impossível’ da SIC foi o desastre deste verão e nem a popularidade de Inês Aires Pereira ajudaram o formato.
O formato foi um desastre nas audiências e uma muito barata e pouco animadora cópia de honrosos programas de outros tempos. As audiências atiraram-no para os sábados à noite e nem aí consegue inverter os maus resultados.
Do lado da TVI, que bem tenta encontrar uma fórmula de sucesso aos finais da manhã de fim-de-semana, há a registar o péssimo programa, a todos os níveis, que é o ‘Fura Casamentos’. Nuno Eiró é um bom comunicador, mas não faz milagres.
Do lado da RTP, a aposta em novelas brasileiras após o ‘Jornal da Tarde’ não traz prestígio, nem resultados. Algo a rever no próximo ano.