Opinião. A triste sina de ‘Os Traidores’

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‘Os Traidores’ chegou à SIC com a promessa de trazer algo completamente novo à televisão nacional. O objetivo foi conseguido, mas o público não aprovou.

‘Os Traidores’ podia ser um enorme sucesso, mas não é. A SIC até chamou Daniela Ruah para viver o papel de comandante dos destinos dos concorrentes que se dividem entre fiéis e traidores, mas não foi eficaz.

O objetivo dos fiéis é encontrar os traidores do grupo e o objetivo dos traidores é manterem-se até ao final e levar para casa o prémio prometido. A mecânica é simples e uma provável inspiração do jogo ‘A Aldeia Adormece’. Contudo, e apesar de aparentemente simples, pode ser demasiado “complicado” para aquilo a que o público está habituado e disponível para assistir a um domingo à noite.

A verdade é que ‘Os Traidores’ entraram a vencer ‘O Triângulo’, da TVI, e atualmente não se livram do terceiro lugar, atrás do ‘The Voice Kids’. 

Porque é que o público rejeita o programa?

O formato é ótimo, embora me pareça mal adaptado. Apesar do investimento por parte da SIC, sobretudo as provas dos concorrentes são pouco apelativas e geram pouco interesse. Além disso, para ocupar todo o horário nobre, parece que a estação de Paço de Arcos esticou demasiado o programa, ocupando o tempo com demasiada “conversa”. A isso, juntam-se também termos como “morte” ou “matar” que me parecem demasiado fortes e que podem não agradar a uma franja de audiência mais envelhecida.

Alterando o original, talvez fosse interessante que o público não soubesse quem são todos os traidores e assim envolver-se mais.

Sinceramente, depositei muitas esperanças nestes traidores que saíram algo defraudadas. Mesmo assim, é em tudo melhor que os reality shows de casamentos e namoros. Pena é que, com os resultados que obtém, dificilmente passará da primeira temporada. 

Vale a pena comentar?

A SIC anunciou um programa especial para o final da tarde de segunda-feira durante a estreia de ‘Os Traidores’. Às 19h00, o canal de Paço de Arcos brindou o público com uma hora de conversa sem interesse.

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