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11 de Maio, 2022

Maro na final da ‘Eurovisão’. As semifinais bem e mal sucedidas

Sarah Louise Bennett/Eurovision

Maro conquistou um lugar na final para Portugal, esta terça-feira (10/05), no ‘Festival Eurovisão da Canção’. Apenas no sábado se saberá quão favorita foi a cantora portuguesa, mas um lugar entre os dez mais votados na primeira semifinal de 2022 ninguém o tira. Apesar de dois anos bem sucedidos, nem sempre foi assim para os representantes da RTP. Recorde as melhores e as piores prestações do país nos últimos anos de concurso.

‘Saudade Saudade’ conquistou o público português em março e conseguiu agora encantar o fãs da ‘Eurovisão’. Maro está apurada para final do próximo sábado (14/10) e, ditou a sorte, vai atuar na primeira parte do espetáculo que vai contar com as atuações especiais de Laura Pausini e Mika. Graças ao resultado da jovem cantora, Portugal conquistou o lugar mais desejado pelo segundo ano consecutivo. 

Embora, num passado recente, Portugal tenha sido bastante feliz no ‘Festival Eurovisão da Canção’, nem sempre foi assim, sobretudo quando se deu a inclusão de semifinais, em 2004. No fundo, há mais casos infelizes do que felizes para contar. Nesse mesmo ano, Sofia Vitória venceu a ‘Operação Triunfo’ e levou a Istambul ‘Foi Magia’. No 15º. lugar, a cantora conquistou uma estreia pouco auspiciosa numa nova fase do certame. No ano seguinte, Luciana Abreu e Rui Drumond formaram os 2B, cantaram ‘Amar’, mas também ficaram pelo caminho. 

Já em 2006, foi a vez da Nonstop voarem até à Grécia e trazerem de lá uma mão cheia de nada, precisamente com ‘Coisas de Nada’. Mais tarde, em 2007, Sabrina apresentou uma canção escrita por Emanuel e conquistou o 11.º lugar, a poucos pontos de se qualificar para a grande final e naquele que foi o melhor resultado até então. Contudo, o recorde de Sabrina durou pouco e foi completamente abafado por Vânia Fernandes e a ‘Senhora do Mar’. A madeirense conquistou um 2.º lugar na semifinal e a 13ª. posição na grande final. Seguiram-se anos felizes com as qualificações dos Flor-de-Lis e de Filipa Azevedo.

Anos negros

Após três anos consecutivos de qualificações, Portugal entrou numa espiral regressiva que só terminou em 2017. Antes, os Homens da Luta, Filipa Sousa, Suzy e Leonor Andrade foram incapazes de voltar a dar uma final ao país. Ainda assim, Suzy e o ‘Quero Ser Tua’ estiveram muito perto do apuramente e são, ainda hoje, um enorme sucesso entre os fãs eurovisivos.

Em 2016, a RTP decidiu não participar no certame para repensar uma estratégia e foi o melhor que fez. Como é sabido, Salvador Sobral conquistou, pela primeira vez, o primeiro lugar para o país e conseguiu trazer a Eurovisão para Portugal. Mais recentemente, Conan Osíris ficou pelo caminho em 2019 e a edição de 2020 não se realizou devido à pandemia, embora tivesse Elisa como representante já selecionada. Por fim, no ano passado, os The Black Mamba garantiram um 4.º lugar na semifinal e um honroso 12.º lugar na grande final.

Quem é Maro?

Mariana Secca é o nome real da Maro que se iniciou no piano aos quatro anos, mas só aos 19 percebeu que a música era o seu futuro e aquilo que queria fazer profissionalmente. Em 2017, deixou para trás o curso de veterinária e rumou à afamada escola Berklee, em Boston, nos Estados Unidos da América. Nomes como John Mayer, Diana Krall ou mesmo Luísa Sobral fizeram lá a sua formação. No ano seguinte, já em Los Angeles, gravou cinco discos. A partilha da sua música em plataformas digitais renderam-lhe vários elogios, incluindo o de Justin Timberlake. Ainda assim, foi o jovem músico Jacob Collier que levou Maro literalmente mais longe e cantar por todo o mundo. 

Em 2019, a representante de Portugal no ‘Festival Eurovisão da Canção’ deste ano, passou a ser agenciada pela mesma empresa que teve na mão as carreiras de Louis Armstrong, Ray Charles, Frank Sinatra ou Michael Jackson. Contudo, 2020 estragou-lhe os planos e teve de regressar a Portugal devido à pandemia. Por cá, não parou e criou vários duetos virtuais.

Elis Regina, Rui Veloso, Pablo Alborán ou Justin Bieber são algumas das suas influências e, garante, que os 14 anos de conservatório não a tornaram menos autodidata.

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