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26 de Abril, 2022

Opinião. Um ano de ‘Festa’ na TVI

Festa é Festa/Instagram

‘Festa é Festa’ comemora o seu primeiro aniversário nesta terça-feira (26/04) e já conta com três temporadas. Uma história leve e bem humorada deu à TVI uma galinha dos ovos de ouro no que toca a audiências. Cristina Ferreira teve a ideia e merece os parabéns pelos resultados, embora tenha sido caso único.

‘Festa é Festa’ estreou em abril do ano passado e contou a história da população de uma aldeia que estava empenhada em realizar os seus festejos anuais. A pandemia ainda era o tema principal dos noticiários nacionais nessa altura e Cristina Ferreira decidiu, em boa hora, criar um estilo de novela divertido. A estreia foi auspiciosa e assustou ‘Amor Amor’, a principal concorrente da SIC. Durante meses, as duas histórias lutaram taco-a-taco pela liderança das audiências. 

Ao longo de vários meses, a aposta pessoal da diretora de entretenimento e ficção do canal de Queluz de Baixo conquistou uma média de 1 milhão e 124 mil telespectadores. O último episódio foi emitido no final de setembro, num evento que juntou realidade com ficção. Embalada pelo sucesso, a estação decidiu avançar com uma nova temporada na qual os personagens reuniram esforços para montar um presépio vivo.

A segunda fornada de episódios teve maior dificuldade em impor-se, mas voltou a engrenar com a chegada do novo ano e, sobretudo, depois da estreia de ‘Por Ti’. Atualmente, a terceira temporada ambientada num cruzeiro é a habitual líder de audiências e, só no mês de abril, a história cómica já conseguiu captar a atenção de mais 16 mil espectadores, em média, face ao mês anterior como revelou o Correio da Manhã. Assim, e caso o sucesso se mantenha, ‘Festa é Festa’ pode mesmo ganhar uma quarta temporada.

O segredo está no elenco

Ana Guiomar e Pedro Alves “roubam a cena” na novela e são dois dos grandes motores da trama. Contudo, o elenco é mesmo a chave para fazer mover uma história pouco sólida e dependente da piada de quem lhe dá vida. A contratação de nomes como Maria do Céu Guerra, Manuel Marques e Maria Rueff deram e dão prestígio e qualidade, não desfazendo dos restantes atores e atrizes. Além disso, a repescagem de nomes como Vítor Emanuel ou Carlos M. Cunha foi algo muito bem visto.

No fundo, e apesar de ser para já caso único, Cristina Ferreira conseguiu um sucesso na ficção que foi capaz de anular o “passeio” no horário nobre por parte da SIC. A qualidade do produto final não é apenas uma espécie de ‘Batanetes’, ou algo do género, mas, pelo contrário, algo bem feito, pensado e cuidado. Merece o sucesso que está a ter e, caso a concorrência não consiga reverter a situação atual, ‘Festa é Festa’ pode estar mesmo estar para durar.

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