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22 de Novembro, 2021

Opinião. A Ana Morina estava a pedi-las

Big Brother TVI/Instagram

Ana Morina foi uma das concorrentes mais faladas na edição atual do ‘Big Brother’. Neste domingo (21/11), a “mulher da sororidade” foi expulsa do programa pelos votos do público com um toque de vingança da produção, que a fez acreditar que tinha sido preferida pela votação. No final, saiu do programa duplamente humilhada.

Nas últimas edições do ‘Big Brother’ temos assistido a uma produção a deixar-se levar pelas opiniões das redes sociais e a sancionar qualquer comportamento, o que há uns anos não teria qualquer relevância. Umas sanções com razão, outras nem tanto, o programa da TVI tem-se tornado num formato onde só há lugar para o politicamente correto e no qual os concorrentes têm de se lembrar sempre que estão na televisão, mesmo que lhes seja pedido para esquecer que existem câmaras que filmam a sua vida, 24 sobre 24 horas.

A opção do canal é muito válida, mas não pode ter dois pesos e duas medidas. Não pode sancionar concorrentes pelos seus comportamentos mais levianos e, depois, preparar uma vingança fria e em que uma mulher, e aqui pouco interessa o género, sai duplamente humilhada da “brincadeira”. 

Goste-se ou não, Ana Morina foi a concorrente que agitou o reality show, sobretudo nas últimas semanas. Sem ela, o ‘Big Brother’, provavelmente, estaria a penar ainda mais nas audiências, uma vez que pouco interesse têm existido no programa. Este domingo à noite, Morina foi expulsa do programa, numa votação em que teve de disputar com o seu “maior inimigo do jogo”, o Rafael. Ambos ficaram a acreditar que o seu destino era diferente daquilo que o público já tinha conhecimento. A concorrente voltou para a casa em clima de festa, e o jovem saiu pela porta pequena, obviamente triste. Poucos momentos depois, Rafael voltou à entrada da mansão da Malveira e ficou a saber da verdade contada pelos apresentadores.

Além disso, incumbido pelo próprio ‘Big Brother’, tinha consigo um envelope para entregar à rival com a informação deque estaria expulsa do programa, numa clara vingança relativa a uma atitude da mulher dias antes. O momento da revelação aconteceu minutos depois, e pudemos assistir a um momento de televisão muito bem conseguido, mas que humilhou de forma vil uma pessoa. Foi uma ótima ideia, mas que deveria ter sido guardada, por exemplo, para duas pessoas que não estivessem estado em “guerra” há semanas. O impacto não seria o mesmo, mas para uma produção tão politicamente correta, seria o mínimo a fazer.

Ana Morina, o grande motor do programa da TVI ao longo de semanas, deixou o formato de forma humilhante e não merecia, por pior pessoa que tenha sido dentro das quatro paredes do armazém da Malveira.

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