24 de Outubro, 2021
Opinião. Quando a Maya vence a Tânia

Tânia Ribas de Oliveira/Instagram
Depois dos programas itinerantes nos meses de verão, a RTP voltou a casa e Tânia Ribas de Oliveira regressou ao seu ‘A Nossa Tarde’. Nas últimas semanas, o formato tocou no vermelho, nas audiências, e chegou a ficar atrás do programa de Maya, da CMTV.
A tarefa de Tânia Ribas de Oliveira é quase inglória, já que no mesmo horário tem pela frente os programas das privadas com a concorrência pesada de Júlia Pinheiro e Manuel Luís Goucha. O que não seria de esperar é que Maya e o seu ‘Tarde CM’ entrassem para as contas e atirasse, de vez em quando, o ‘A Nossa Tarde’ para o quarto programa entre os mais vistos no horário vespertino.
O problema não está na qualidade ou na falta dela em nenhum dos formatos, seja da RTP, seja da CMTV. A questão é que o canal público tem um programa diário, emitido em sinal aberto, que chega a perder para outro formato transmitido por um canal pago. As audiências não devem mover o canal do Estado, é certo, mas quando um formato corre o risco de se tornar irrelevante tem de ser, obrigatoriamente, um sinal de alerta.
O primeiro problema do ‘A Nossa Tarde’ é ser antecedido pela repetição de ‘Os Nossos Dias’, uma novela que esteve muito longe do sucesso na sua exibição original, logo, seria de esperar que também tivesse sérias dificuldade em impor-se, novamente, ao seguir ao ‘Jornal da Tarde. O segundo “problema”, que no caso até entendo como uma virtude, é ser diferente dos restantes por não se centrar em histórias de “faca e alguidar” ou de puxar à lágrima fácil. Na verdade, Tânia Ribas de Oliveira tem um belíssimo programa, bem feito, mas que por erros de grelha da própria estação e por uma concorrência eficaz fazem tornar-se menos apetecível para o público disponível naquele horário.
Além disso, a apresentadora é uma das melhores na atualidade pela sua simpatia, verdade e capacidade de comunicação. Merecia, portanto, mais público e um tratamento diferente por parte da RTP. Posto isto, é necessário que a estação faça mexidas na programação, nem que seja encontrar uma verdadeira alternativa diferenciadora para as suas tardes.
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Tenho 33 anos e sou formado em Comunicação e Jornalismo. Contudo, trabalho na área do Controlo de Qualidade de Plásticos há 12 anos.
Fiz um estágio no jornal “Diário de Notícias” e sou autor do site “A Caixa que já foi Mágica”. Neste site dedico-me a notícias relativas à televisão portuguesa, ao comentário televisivo e ainda a entrevistas. Apesar de ser feliz no meu trabalho, o desejo de trabalhar em comunicação continua.
Contacto.: tiagolourenco23@gmail.com
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