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17 de Outubro, 2021

Opinião. Os erros da TVI no ‘Big Brother’

Big Brother TVI/Instagram

O novo ‘Big Brother’ chegou à TVI em setembro com a promessa de ser completamente diferente dos demais. A promessa foi inicialmente cumprida, sobretudo porque os apresentadores das galas e a própria casa se mostraram como grandes e impactantes novidades. Volvido mais de um mês, quais são os principais erros do programa de Queluz de Baixo?

A 12 de setembro a TVI iniciou uma nova fase do seu reality-show mais antigo e um dos seus maiores sucessos de sempre. As audiências dessa altura foram animadoras, sobretudo na gala de estreia embora, atualmente, o ‘Big Brother’ perca aos domingos para a concorrência. Contudo, ainda agita águas durante a semana, sobretudo ao final da noite, e no Cabo, através do TVI Reality. Mas, afinal, o que está mal?

Cláudio Ramos e Manuel Luís Goucha

Há várias semanas que Carlos Rodrigues, diretor do Correio da Manhã e da CMTV, tece duras críticas, na sua crónica da revista Flash, sobre a escolha de Cristina Ferreira para apresentação.

A verdade é que se o domingo é, à proporção, o dia mais fraco do programa, então significa que a decisão não foi realmente assim tão acertada. Os dois apresentadores são bons, aliás, Goucha é ótimo, mas anulam-se e mostram desconforto de semana para semana enquanto dupla.

Não se pode dizer que os dois não funcionam juntos, mas a verdade é que também não se completam. 

O comentador já sugeriu que a TVI volte atrás o mais depressa possível. Pelo contrário, acredito que agora devem ir até ao fim.

As galas

A grande novidade das galas foram os desafios disputados na “Arena”, embora também tenha sido uma decisão que deixou a desejar, não pela ideia, mas pela colocação em prática.

Os jogos não animam, sobretudo porque parecem sempre feitos em cima do joelho e alguns deles com regras mal pensadas. Nota-se que não há ali investimento e os desafios, quando apenas físicos, acabam sempre por beneficiar os mesmos.

O grupo

O casting continua a ser um dos melhores dos últimos anos. Mais de um mês depois de estarem fechados entre várias paredes, o grupo de concorrentes continua a mostrar-se coeso, embora uma ou outra escolha se mostre agora uma desilusão. Por exemplo, Letícia, que deu show na estreia, é agora apenas mais uma.

Depois, a mistura das causas sociais com um programa de televisão como este, enquanto bandeira, não funcionam. É ótimo quando certos temas ganham sobre si a luz dos holofotes, mas por casualidade e não por insistência. 

A sororidade, a homossexualidade e a transexualidade são temas que merecem destaque no pequeno ecrã, mas já se percebeu que prejudicam os concorrentes que ficam colados a eles e prejudicam o próprio reality-show pela insistência.

‘Diário’ e ‘Extra’ com sucesso q.b.

Big Brother
Big Brother TVI/Instagram

Durante a semana o ‘Big Brother’ até nem desilude. Os diários ao final da tarde não vencem a concorrência, mas estão mais perto dela do que estava o antecedente, ‘O Amor Acontece’.

Além disso, o ‘Extra’ ao final da noite é o bloco que mais ajuda a TVI, sobretudo porque vence as novelas da SIC, não raras vezes. 

Por outro lado, o TVI Reality é um dos canais mais vistos entre as opções da televisão paga.

Em suma, não se pode considerar que o ‘Big Brother’ seja um erro na programação do canal de Queluz de Baixo. Se aos domingos vacila, no Cabo e durante a semana dá uma ajuda à estação. Ainda assim, talvez esteja na altura de a TVI apostar num formato idêntico, embora com outras características. 

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