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6 de Setembro, 2020

Marco Horácio: “Não estou em sítios onde não possa fazer a diferença”

Marco Horácio mudou-se para a TVI em abril deste ano, depois de 18 anos de colaboração com a SIC e uma passagem pela RTP. O profissional revela querer regressar à ficção e aproveitou deixar claro o estado da sua relação com o canal de Paço de Arcos e com Daniel Oliveira. Além disso, esclarece todas as notícias sobre o ‘BOOM’.

Marco Horácio
Marco Horácio/Instagram

A Caixa que já foi Mágica.: O ‘BOOM’ não rebentou com as audiências e teve dificuldades em bater concorrência. Sente que algo correu mal?

Marco Horácio.: Não sinto que algo tenha corrido mal, pelo contrário. O horário para onde foi o ‘BOOM’ era difícil porque vinha de um ‘Big Brother’, que tinha sido um êxito, e são dois conceitos completamente diferentes.

O programa foi sempre pensado para ser transmitido ao final da tarde e é isso que vai acontecer na próxima semana. É um concurso, não é um grande programa de entretenimento.

Portanto, fiquei feliz porque me foi dado o horário nobre e é sempre bom estarmos nesse horário, mas era difícil porque tivemos a final dos “agricultores” e a estreia dos “noivos”.

Era muito difícil porque a SIC ainda está a liderar, mas não estou dececionado. Aliás, eu trabalho igual para 20 pessoas, para 500 mil ou um milhão. A minha entrega é sempre igual.

Marco Horácio
Marco Horácio/Instagram


ACQJFM.: O programa volta então na próxima semana, mas em que horário?

MH.: O programa volta para a próxima semana, de segunda (07/09) a sexta (11/09), das 19h00 às 20h00. Penso que este seja o horário perfeito para o programa. Vamos ver como corre e espero que continue a correr bem. Estou muito entusiasmado, e reforço que o programa não deixou a grelha de programação ao contrário do que muita gente e muita imprensa veio dizer


ACQJFM.: Tem feito parte da equipa do ‘Somos Portugal’, que é diferente de tudo o que tem feito. Está a gostar do desafio?

MC.: Em relação ao ‘Somos Portugal’ foram apenas algumas participações pontuais para promover o ‘BOOM’. Aliás, o primeiro até fui eu que sugeri fazer porque fazia todo o sentido fazer de tudo o que está ao meu alcance para ajudar o canal a subir nas audiências.

Adorei a equipa, o ambiente e os meus colegas estão a fazer um excelente trabalho, não precisam de mim lá para nada.


ACQJFM.: Chegou à TVI numa época de mudança, mas ainda não tinha chegado Cristina Ferreira. Sente-se confiante ou receoso em relação ao futuro? Já tem projetos além do concurso?

MC.: Quanto a projetos televisivos, há algumas ideias no ar mas nada de concreto. Vamos ver também como é que corre o ‘BOOM’ em novo horário. Isto são coisas que me ultrapassam porque não tenho poder para decidir, mas tenho vários projetos na TVI e que depois, quando a Cristina Ferreira achar pertinente, vamos falar sobre isso. Como é óbvio quero trabalhar e ajudar a TVI a crescer ainda mais.

Já fora da televisão, tenho marcado espetáculos do Rouxinol Faduncho em setembro. Já tenho três agendados e é bom regressar com a minha equipa à estrada.

Rouxinol Faduncho
Marco Horácio/Instagram


ACQJFM.: Há algum tempo que o público não o vê como ator em ficção. É uma possibilidade que está no ar para breve ou é algo que ficou no passado?

MC.: A ficção é algo que me atrai muito. Eu digo sempre que a minha formação é como ator e não como apresentador. É obvio que gostava de fazer ficção e a TVI tem conhecimento das minhas valências. Já fiz novelas, já fiz séries, já fiz comédias, já fiz dramas. Aliás, no canal fiz parte do elenco do ‘Equador’. Ou seja, a ficção está muito no meu horizonte e é algo que eu gostava de voltar a fazer.

Fernando Rocha e Marco Horácio
Fernando Rocha/Instagram


ACQJFM.: Afirmou recentemente que existe confiança da TVI nos seus projetos, algo que não acontecia na SIC nos últimos tempos. Está magoado com o canal de Paço de Arcos e com Daniel Oliveira?

MC.: Eu não estou magoado com nada, nem com ninguém. A SIC foi a minha casa durante mais de 18 anos, devo o meu nome à SIC. Só que, e eu digo sempre isto, não estou em sítios onde não possa fazer a diferença e estava a sentir que não era uma aposta por diversos motivos. Eu não gosto de me sentir um peso.

Facilitei a minha saída ao falar com o Daniel Oliveira com quem tenho uma relação de amizade e por quem tenho muito respeito. A televisão é assim. Não temos tempo para nos magoarmos.


ACQJFM.: A televisão ainda é a “caixa mágica”?

MC.: Não é a “caixa mágica” de outros tempos e que juntava as famílias. Hoje em dia é tudo diferente. Há muitos canais, as pessoas estão dispersas e a magia era essa: o poder de juntar a família.

Nos tempos que correm há uma grande luta pelas audiências e a magia, de certo modo, foi colocada de parte. Sinceramente, parece-me que é algo passageiro e que vamos voltar a ter a “caixa mágica” de volta e isso depende muito de quem faz televisão e como a quer fazer. É necessário ter consciência social, amizade, sinceridade e verdade. No fundo, a televisão tem de ser um conforto para as pessoas.

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