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16 de Maio, 2020

Opinião. A Eurovisão e o favor que o corona nos fez

Fotografia.: Instagram Festival da Canção

Elisa escolhida para o Festival Eurovisão da Canção
Fotografia.: Instagram Festival da Canção

Este ano não há “Festival Eurovisão da Canção”, pelo menos, tal e qual o conhecemos. A pandemia de Covid-19 obrigou ao cancelamento do certame, mas haverá um espetáculo adaptado para homenagear as canções selecionadas por cada país.

Portugal escolheu Elisa e Medo de Sentir que, com grande ironia, não foi a favorita nem do público, nem do júri. Contudo, era a minha favorita, embora não sentisse nunca que fosse a canção ideal para representar o país. 

Só que, não era essa, nem era nenhuma. A RTP vangloria-se de ter encontrado uma nova fórmula para um “Festival da Canção” que estava moribundo. Conseguiu a primeira vitória noEurovision Song Contest de sempre, com Salvador Sobral, conseguiu um último lugar na final de 2018, com Isaura e Cláudia Pascoal, e não conseguiu chegar ao derradeiro espetáculo de 2019, com Conan Osíris. A média continua boa, diria eu, mas é suficiente?

A verdade é que houve mudanças importantes e bem conseguidas, o problema é que, com o passar do tempo, elas foram desaparecendo e o Festival tornou-se num espetáculo de música alternativa.

Recorde-se que Amar Pelos Dois venceu também porque estavam lá outras canções que chamaram a atenção primeiro. O Jardim venceu porque Diogo Piçarra foi acusado de plágio. Conan Osíris venceu pela diferença, mas estavam lá outras canções menos “diferentes”.

O grande erro do canal público foi caminhar do 8 para o 80.

Este ano, todas as casas de apostas nos colocavam muito perto do último lugar. O coronavírus livrou Elisa de mais um resultado triste para Portugal na ‘Eurovisão’.

O divertido ‘Jogo da Caixa’

É o programa de sábado à noite da RTP e uma das melhores propostas de televisão criadas durante a pandemia.

Uma prova de que uma ideia simples, desde que bem realizada, pode tornar-se num bom formato de televisão, que cumpre o objetivo de entreter e se torna numa alternativa válida à concorrência.

O ‘Big Brother’ e a polémica

Comentários homofóbicos ajudaram a TVI a dar foco ao seu reality show. Houve uma sanção a um concorrente e uma reprimenda a outro. Obviamente que não defendo nenhum dos concorrentes relativamente ao assunto, agora, é preciso que a estação não exagere e não torne o ‘Big Brother’ numa ditadura ainda maior.

Este artigo foi escrito por Tiago Lourenço, autor do A Caixa que já foi Mágica, e originalmente publicado pelo site Espalha-Factos.

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