27 de Novembro, 2023
2 de Janeiro, 2020
‘A Máscara’ caiu e só trouxe mistério

Fotografia.: Instagram João Manzarra


A SIC prometeu o programa mais misterioso do ano e, pelo menos nisso, não defraudou expectativas.
‘A Máscara’ estreou na primeira noite do ano, em horário nobre, para substituir a segundo edição de ‘Casados à Primeira Vista’ e liderou audiências.
No formato, 12 famosos cantam sob disfarce e ninguém, nem o apresentador, sabe quem são.
A estreia começou mal. Gravado, merecia uma edição menos atabalhoada e um cuidado bem maior, sobretudo no que toca ao som. Aliás, todo o primeiro programa soou a algo feito em cima do joelho.
O cenário tem um palco interessante, mas fica-se por aí. Extremamente pobre no que toca a disposição do público e uma tribuna com os jurados/investigadores que faz pouco sentido, a não ser para dar uso a uns infelizes binóculos.
Por outro lado, as máscaras são interessantes e, embora já tenha lido o contrário, estão muito bem conseguidas. São imponentes, diferentes e conseguem esconder quem as veste.
O grande calcanhar de Aquiles desta nova aposta é o de que as atuações musicais dos concorrentes não interessam, pelo menos na adaptação da SIC, ficando apenas no ar o interesse em descobrir quem são as figuras mistério.
Aliás, a constatação fica latente quando os comentários dos jurados de sobressaem ao que se está ouvir em palco.
É por isso que os investigadores, além de Sónia Tavares, não precisam de ser entendidos em música. Para aquilo que fazem, até podiam ser o “Zé da esquina”. Sem lhes retirar o mérito, há que louvar César Mourão que dá vida ao formato.
Antes da estreia pensei que o novo concurso pudesse ser a hipótese perfeita para Cristina Ferreira se estrear no horário da SIC. Atualmente, tenho a certeza que não e já explico porquê. João Manzarra faz o trabalho possível e competente.
‘A Máscara’ desilude, não por ter prometido e não cumprido, mas porque não se enquadra numa SIC vencedora que tem apostado em formatos de grande qualidade.
Esta aposta parece apenas um “intervalo” até chegar a grande aposta que vai combater o novo ‘Big Brother’ da TVI.

Tenho 33 anos e sou formado em Comunicação e Jornalismo e atualmente sou Gestor de Qualidade.
Fiz um estágio no jornal “Diário de Notícias” e sou autor do site “A Caixa que já foi Mágica”. Neste site dedico-me à escrita de notícias relativas à televisão portuguesa, ao comentário televisivo e ainda a entrevistas.
Contacto.: tiagolourenco23@gmail.com
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