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10 de Outubro, 2017

“Paixão” VS “A Herdeira”

   

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   A SIC e TVI lançaram as suas principais apostas na área da ficção. Nas audiências, nestas primeiras semanas, “A Herdeira” não deu hipótese a “Paixão”.

 

   A novela do canal de Queluz é líder incontestável de audiências, relegando a trama da estação de Carnaxide para um segundo plano bem longínquo.

 

   A verdade é que o fio condutor da história da TVI é bem mais denso e muito menos banal. É verdade também que já tudo, ou quase tudo, foi feito em televisão. O que existe é a possibilidade de alterar ou contar de outra forma. Foi o que fez Maria João Mira, a autora. Há quanto tempo a comunidade cigana não era retratada na ficção portuguesa?

 

   Claro que a ideia não é nova. “Explode Coração, emitida pela SIC, foi uma dos maiores sucessos de todos os tempos em Portugal. A novela da TV Globo contava a história de Dara, uma cigana, que se apaixonou por um homem que não pertencia à sua etnia.

 

   Aliado a esta “falsa” novidade, está um primeiro episódio explosivo, embora com algumas falhas. Destaque ainda para aquele que é um dos melhores genéricos realizados em Portugal nos últimos anos.

 

 

 

   Do outro lado temos “Paixão”, com um banalíssimo fio condutor: um homem, injustamente preso, regressa anos depois com sede de vingança e encontra o amor da sua vida com outro homem. Mais tarde, descobre também que tem uma filha dessa mulher que ainda ama. Pelo contrário, ela odeia-o por achar que ele matou o seu pai.

 

   Ao contrário da novela da TVI, o primeiro episódio foi bem mais fraco. O momento mais empolgante foi, talvez, o pai da protagonista a cair de uma varanda e todo o drama que se fez à volta dessa situação. Contrastando, e muito, com uma cena de tiroteio numa festa, no México, em “A Herdeira”.

 

   As contas são fáceis de fazer. No confronto direto, “A Herdeira” venceu sempre “Paixão”. A trama da TVI conta, habitualmente, com mais de cerca de 200 a 300 mil espetadores que a novela da SIC.

 

   Daqui para a frente, muito dificilmente haverá uma inversão de resultados. Resta ao terceiro canal acertar na mouche na substituta e sobretudo esperar que a estação de Queluz de Baixo falhe na próxima escolha.

 

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