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20 de Março, 2013

Perna curta

Quero falar bem da Correio da Manhã TV mas não posso. Em três dias de emissão o amadorismo sobressaiu relativamente a tudo o resto: problemas de som, imagem, iluminação, voz-off e uma ou outra promessa que não foi cumprida. Por exemplo, Nuno Graciano, apresentador de Despertar CM, prometeu durante muito tempo que ia viajar pelo país num helicóptero e, até agora, ainda não saiu do estúdio onde está ao lado da colega Maya.

Eu sei que é tudo muito recente, que devia dar o desconto a um projeto novo e que este precisa de ser oleado para estar em perfeitas condições. Só que a CMTV foi sempre apresentada como a nova estação do Cabo que ia mostrar “o país como nunca o tínhamos visto“, o canal que queria e quer liderar em apenas três, o canal que contratou caras de outros canais, o canal que ia “fazer a diferença”. Nunca houve uma palavra de contenção, não houve ninguém, com discernimento, que assumisse que este era um grande projeto mas que precisa de tempo para ser aquilo que querem que seja.

O passo que anunciaram é bem maior que a perna que têm. Contrataram meia dúzia de caras conhecidas, e bem, mas esqueceram-se de que televisão não se faz só com quem está à frente da câmara mas também com quem está por detrás dela. Esse parece-me o grande erro desta CMTV.

A primeira impressão que está a deixar ao público é péssima. Precisa de melhorar muito para fazer esquecer estes primeiros dias e ainda mais se quiser ser líder dentro de três anos.

Mesmo assim, nem tudo é mau. Exemplo disso é o programa Médico de Família, o único com público em estúdio, onde o apresentador e médico, Diogo Medina, está bastante bem, tal como o programa, relativamente a tudo o resto.

A ideia global desta nova televisão é boa mas precisa de ser muito trabalhada e melhorada.

 

Nota: No dia de estreia, a CMTV ficou de fora dos 25 canais mais vistos e no segundo dia de transmissão ficou-se pelo 39º. lugar.

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