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22 de Fevereiro, 2012

Ossos do ofício

Depois de mostrar uma conversa informal entre o Ministro das Finanças português e o seu homólogo alemão, a TVI foi impedida de filmar o começo do encontro do Eurogrupo. 

 

Nas imagens emitidas pelo canal de Queluz de Baixo, o ministro alemão afirmava que, após resolvida a situação da Grécia, poderia existir um ajustamento do programa de apoio a Portugal. 

 

Este caso é bastante delicado. José Alberto Carvalho, diretor de informação da TVI, fez questão de, no dia seguinte à difusão da conversa, explicar em que situação foi filmada e o porquê de ter sido emitida. Fez bem!

 

À primeira vista parece algo apanhado à socapa, mas pelos vistos não foi bem assim. Os intervenientes sabiam que as câmaras lá estavam e que poderiam estar ligadas.

 

 Neste caso específico, é possível concordar-se com a opção da TVI. É verdade que se trata de um diálogo mais privado, mas o teor do mesmo é importante, não só para duas pessoas, mas para dez milhões de portugueses.

 

Aqui não se trata da ânsia de um canal dar um exclusivo deste calibre, mas sim de informar o país do que pode vir a acontecer na opinião de quem tem poder. 

 

Proibir-se o canal de estar presente numa nova reunião não está certo e é mau para a TVI que, em todo o caso, deverá estar de consciência tranquila já que fez o que deveria ter feito.

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