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19 de Janeiro, 2012

Imitar não é inovar

É importante que a TVI inove nas suas novelas e que não se deixe sempre levar por uma ficção que retrate a vida tal como ela é. 

 

 

De vez em quando é também necessário inserirem-se temas ou personagens que fossem apenas possíveis em ficção. Doce Tentação, a nova novela do canal, parece ser digna desse nome. Alguns bons atores, algumas boas interpretações e uma história simples.

 

Esquecendo tudo o resto, existe uma personagem mistério, vestida de vermelho, que aparece nas noites de lua cheia e que viola os homens da história. Sem se pensar muito, esta é daquelas personagens bastante ficcionadas mas que cria curiosidade no espetador que, muito provavelmente, só saberá da sua identidade no final da novela. 

 

Se se pensar um pouco, é possível chegar-se a dois personagens de novelas brasileiras muito idênticas, nos tempos em que a teledramaturgia brasileira era rainha e senhora da televisão em Portugal. Em Tieta existiu a “mulher de branco” que violava os homens de noite. Já em A Indomada, a personagem “cadeirudo”, atacava as mulheres em noite de lua cheia.

 

É verdade que hoje em dia, em televisão, já se inventou quase tudo, mas aí está um desafio interessante: inventar algo novo ou melhorar aquilo que já foi feito. Este caso da novela da TVI não é uma coisa nem outra. É apenas uma mistura de duas personagens brasileiras de sucesso. 

 

Enquanto as novelas portuguesas se continuarem a inspirar descaradamente nas novelas brasileiras, não se pode afirmar que sejam melhores, mas já estiveram mais longe de o ser.

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